sexta-feira, 18 de março de 2011

O lamento da terra

O LAMENTO DA TERRA
O PORQUÊ DA DANÇA DE GAIA)
(Edolesia Andreazza)

Ouvia voz da terra...
Assim ela começou...

“Quando eu protestei contra as usinas nucleares, contra os aperfeiçoamentos genéticos do milho, contra a plantação desenfreada de pinus e acácia,você achou
que era a voz da tua consciência e disse que não era nada,que era só o progresso para alimentar mais gente, produzir mais papel e me calou com um:
“É o futuro que esta chegando. Participarei desse belo mundo novo!”
Hoje a maioria dos milhares tipos de sementes de trigo, milho, arroz, soja e outras plantas sumiram e algumas poucas empresas são “donas” das poucas sementes vendidas
e cobram royalties de quem quer plantar.
A biodiversidade esta se extinguindo.
A multiplicidade da vida é manipulada para a extinção e para o lucro
dentro de laboratórios de empresas.
E vocês aplaudem o sucesso da clonagem e melhoramentos genéticos, como se a vida nunca tivesse feito isso de maneira perfeita, dentro da ordem do tempo e espaço.
Hoje, milhares de seres contaminados por causa da soberba do homem em achar que seria simplesmente “fechar” e manipular os átomos de uranio...Criando “bombas nucleares domesticadas” que ficariam em “gaiolas” para lhes gerar energia.
Esqueceram que tudo no universo, tem sua vida, seu tempo e seu caminho.
Um simples átomo, tem vida, tem energia e sua missão a cumprir.
A destruição e contenção de um átomo, de um rio, de uma veia, sempre terá conseqüências, porque a vida, em si é livre para seguir.
Eu sou a alma da terra!
E falo hoje por uma boca humana cuja alma pode me ouvir...
Libertem-me!
Tirem de meu corpo essas feridas que vocês criaram...
Verte delas, desgraças a vocês próprios, quando tentam fazer em meu corpo, implantes, transfusões, enxertos; construções gigantescas que mudam o caminho dos ventos,tapando minhas aortas, tentando mudar o caminho das minhas águas.
EU os abrigo, os aceito, os gero, os nutro e os reabsorvo seus restos quando partem daqui, naturalmente. Faz parte de minha natureza.
Não se voltem contra sua própria mãe.
Me debato, me sopro, me arranho em desespero.
Mas conservarei meu corpo limpo e minha natureza pura,
nem que tenha que me livrar de todos os homens.
Em meu ventre, em minha pele, em meu sangue marejado, sanguessugas doentes
despejam escondidos toneladas de lixo matando outras criaturas que convivem em paz. A tudo querem contaminar, dominar, usurpar, manipular e extinguir.
Eliminarei com minha dança frenética quem comigo não souber comungar...
Assim gemo, assim grito, assim danço...
Tudo faz parte da minha propria purificação”

Quem tiver ouvidos para ouvir...Ouça!

*(Ouvido na madrugada do dia 11/03/2011)

http://ooraculodapoesia.blogspot.com/2011/03/o-lamento-da-terra-o-porque-da-danca-de.html

Um comentário:

  1. A terra prosseguirá dando todas as voltas
    Mas em revolta
    Manda o povo se ajoelhar em prece
    Para perceber
    A chegada dos novos tempos

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