quinta-feira, 12 de agosto de 2010

GÉLIDO SILÊNCIO

Silêncio na névosa!
Meu sonho é triste
Tento adocicar esse acre
Que me sai do ventre
Mas sinto
Congelar minhas entranhas
Com gelo
A névoa me subtrai
Gélido
O fervor me dilacera o peito
No leito da névoa
Silêncio total!
Aqui
Alguem chora o seu frio
Sorrio
Sem graça
Quanta desgraça!
Rompem-se
Os portões da morte
Sem sorte
Congelo subtraído e dilacerado
Aguardando o tímio me refratar
No gelo da gélida noite
Da minha total solidão
Ouço o vácuo
Do meu gélido silêncio
Rebuscando vida
Neste frágil coração

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