sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ilusão

As vezes pego-me roubando sonhos
As vezes observo a lua me flertando
As vezes penso poder adocicar vidas
Meu rútilo coração denota dubiedades
Já não discerne o falso da realidade
Ilusão é afastar de mim as noites desassistidas
Ilusão é pular os dias de sorrisos que passei
Ilusão é negar o retorno de minha insanidade
Então rotulo
O abstrato de ilusório
A tristeza de afã
A infamia de amiga
A pobreza de intimidade
Minha maior ilusão
É pensar que o tempo para
O tempo não para não!
A vida adormece!
Em meio ao furor, ilusão, temor, tempestades
Minhas noites são dias que não acontecem
Somos todos pedaços de um quase nada
Quando agregados
Somos ira, lembranças, sorrisos, pecados
...Somos morte!
E antes que a infinita estrada se acabe
Vamos praticar ilusões em nós mesmos
Assim...Poderemos sentir ainda
O perfume das flores
Que se esvairam
No percurso
Das nossas maiores ilusões.




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