
Lutar para não sucumbir
Enquanto vida ainda resta
Na efêmera passagem do tempo
Não lamentar
Os caminhos mal resolvidos
Não lamentar
Os amores questionados
Não lamentar
A ciência das palavras não ditas
Lúgubre
A eterna juventude se foi
Suavizar a ternura
Com o vento da inquietação
Já não é cortesia
Sonhos, sonhos, sonhos...
Pesadelos todo dia
As folhas caem
Ao sabor dos ventos
A terra gira
Sob a revolta dos deuses
O tic tac do relógio
Afugenta a noite
De encantos sob a lua
Nessa minha fosforescência
Já é hora de acordar
Para a última passagem.
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